sábado, 5 de setembro de 2009

MOTIVAÇÃO

Motivação é, portanto, o processo que mobiliza o organismo para a ação, a partir de uma relação estabelecida entre o ambiente, a necessidade e o objeto de satisfação. Isso significa que na base da motivação está sempre um organismo que apresenta uma necessidade, um desejo, uma intenção, um interesse, uma vontade ou uma predisposição para agir. Na motivação está também incluído o ambiente que estimula o organismo e que oferece o objeto de satisfação. E, por fim, na motivação da necessidade.
A gíria possui um termo bastante apropriado para a significação de motivação: "estar a fim". Quando "estamos a fim de", estamos expressando nossa motivação. E vejamos num exemplo: "Estou a fim de ler este livro todo" ( esperamos que não seja um exemplo absurdo!) - o livro aparece como elemento do ambiente que satisfará minha necessidade ou desejo de conhecer um pouco de psicologia. O próprio ambiente, que de alguma forma, gerou em mim esse interesse, ou porque li outros livros que falaram do assunto, ou porque meu colega citou a psicologia como uma ciência interessante, ou porque vi uma psicóloga em um filme e me interessei. Ambiente - organismo - interesse ou necessidade - objeto de satisfação. Está montada a cadeia da motivação.
Retomando, podemos dizer que a motivação é um processo que se relaciona necessidade, ambiente e objeto, e que predispõe o organismo para a ação em busca da satisfação. E quando esse objeto não e encontrado, falamos em frustração.

MOTIVAÇÃO E O PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM

A motivação está presente como processo em todas as esfera de nossa vida - no trabalho, no lazer, na escola.
A preocupação do ensino tem sido a de criar condições condições tais para que o aluno "fique a fim" de aprender. Sem dúvida, não é fácil. Pois acabamos de dizer que precisa haver uma necessidade ou desejo, e o objeto precisa surgir como solução para a necessidade. Duplo desafio: criar a necessidade e apresentar um objeto adequado para sua satisfação.
Resolver esse problema é, sem dúvida, a tarefa mais difícil que o professor enfrenta. Considerando abaixo alguns pontos:
a) uma possibilidade é que o trabalho educacional parta sempre das necessidades que o aluno já traz, introduzindo ou associando a elas outros conteúdo ou motivos;
b) outra possibilidade, não excluente, é criar novos interesse no aluno.

E COMO PODEMOS PENSAR EM CRIAR INTERESSE?

1- O aluno deve ser desafiado, para que deseje saber, e uma forma de criar este interesse é dar a ele a possibilidade de descobrir.
2- Desenvolver nos alunos uma atitude de investigação, uma atitude que garanta o desejo mais duradoura de saber, de querer saber sempre.
Desejar saber deve passar a ser um estilo de vida. Essa atitude pode ser desenvolvida com atividades muito simples, que começam pelo incentivo á observação da realidade próxima ao aluno - sua vida cotidiana - os objetos que fazem parte de seu mundo físico e social.
Essa observação sistematizadas gerarão dúvidas ( por que as coisas são como são?) ai é preciso investigar, descobrir.
3- Falar ao aluno sempre numa linguagem acessivel, de fácil compreensão.
4- Os exercícios e tarefas deverão ter um grau adequado de complexidade. Tarefa muito difícil, que geram fracasso, e tarefas fáceis que não desafiam levam á perda do interesse. O aluno não "fica a fim".
5- Compreender a utilidade do que se está aprendendo é algo também fundamental. Não é difícil para o professor estar sempre retomando em suas aulas a importância e utilidade que o conhecimento tem e poderá ter para o aluno. Somos "sempre a fim" de aprender coisa que são úteis e tem sentido para nossa vida.


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